quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

historia do circo


O circo é uma expressão artística, parte da cultura popular, que visa a diversão e o entretenimento dos espectadores.

Há referências sobre o circo desde a antiguidade. Durante o Império Romano, por exemplo, grupos de pessoas ganhavam a vida fazendo apresentações na rua, nas casas de famílias nobres ou até mesmo em arenas destinadas às apresentações (anfiteatros).

Na Idade Média, grupos de malabaristas, artistas de teatro e bufões (comediantes) viajavam pelas cidades da Europa com suas apresentações.

Porém, foi somente em 1769 que o circo ganhou o formato que temos atualmente. Neste ano, o inglês Philip Astley organizou as apresentações circenses, destinando também uma tenda de lona para as apresentações. Estas seriam itinerantes (com mudança constante do local de apresentação).
Embora enfrentem um período de crise na atualidade, os circos ainda fazem sucesso, principalmente nas reuniões do interior do Brasil. As apresentações contam com palhaços, shows musicais, malabaristas, mágicos e trapesistas.

Os palhaços brasileiros que fizeram mais sucesso nos circos brasileiros foram: Carequinha, Arrelia, Torresmo e Piolin.
Você sabia?
Comemora-se em 27 de março o Dia do Circo. É uma homenagem ao palhaço Piolin que nasceu nesta data, no ano de 1897

(escola social de circo-aba) um de nossos videos


trapezio e suas variaçoes


    1. Trapézio Fixo [static trapeze, inglês; trapecio fijo, espanhol; trapèze fixe, francês; trapez, alemão]
    Esta modalidade consiste numa barra de ferro de aproximadamente 70 cm suspensa por duas cordas (geralmente nas extremidades ou perto delas), que por sua vez estarão fixas a uma estrutura no alto (fig. 1) (SCHMIDT-SINNS & HERBST, 1997). As cordas são fixadas com uma abertura um pouco maior que a do trapézio, desenhando a figura geométrica de um trapézio, para dar maior estabilidade durante a execução dos truques. Neste aparelho são realizados figuras, truques e quedas individuais e o trapézio permanece estático, ou seja, sem balanço, como podemos observar nas imagens relatadas em Netzker & Turra (1982: 38,39,40,93,94,95).
    As figuras e evoluções podem ser realizadas com apoio e/ou suspensão na barra e também nas cordas que sustentam o aparelho (INVERNÓ, 1998, apresenta os movimentos básicos desta modalidade). Antigamente, as cordas eram de sisal. No entanto, na atualidade, utilizam-se cordas de algodão, mais flexíveis e macias (menos atrito com o corpo), geralmente com cabo de aço como alma (no meio). A espessura das cordas variará segundo o peso do praticante e as exigências, mas normalmente têm entre 2,5 e 3,5 cm de espessura. Na extremidade inferior, onde as cordas se fixam na barra, é recomendável que se forre com um tecido macio (algodão) ou veludo, para evitar escoriações conforme o roce do corpo com elas. 
    Como podemos ver na imagem 8, alguns artistas utilizam contrapesos nas extremidades da barra para aumentar a estabilidade do trapézio. Da mesma forma, é recomendável o uso de colchões de queda embaixo do aparelho para seu treinamento e o emprego de cordas e/ou tecidos suspensos paralelamente para subir e descer do aparelho.

    2. Trapézio de balanço [swinging trapeze, inglês; trapecio de balanceo, espanhol; trapèze ballant, francês]
    Trata-se de um aparelho idêntico ao trapézio fixo, porém as acrobacias são realizadas com o trapézio em balanço (ver imagens expostas na obra de Gisela & Winkler, 1997: 41,50). Nele o artista pode realizar, além de alguns dos movimentos típicos do trapézio fixo, outros elementos de quedas (para a posição de flex4 dos pés ou para as mãos, ou para a curva, ou para o cristo, ou mesmo para a posição sentada), piruetas, giros, saltos mortais, dentre outras destrezas. Esta modalidade pode ser praticada por uma única pessoa, ou por duas pessoas simultaneamente, que no caso se denominará trapézio doble5 (duplo em português) em balanço. Por questão de segurança, atualmente esta modalidade é praticada sempre com a utilização de uma lonja6 de segurança ou rede. O trapézio usado para balanço sempre tem pesos nas laterais, para sua estabilidade, e possui, em geral, o cabo de aço como alma, para que suas cordas não permitam qualquer elasticidade. 

    3. Doble Trapézio [doble trapeze, inglês; trapecio doble, espanhol]
    É um aparelho semelhante ao trapézio fixo cuja barra metálica costuma ter uma espessura um pouco maior do que a do trapézio convencional para suportar o peso de duas pessoas simultaneamente. A largura da barra também pode variar permitindo maior conforto ao porto e também diferentes manobras sobre ela (como sentar-se ambos entre as cordas). O mesmo se pode dizer a respeito do espaço fora das cordas7.
    Nesta modalidade, na maioria dos casos, os artistas assumem dois papéis diferentes: o portô ou aparador (ou ainda portador segundo Orfei, 1996: 97) [catcher ou base, inglês; portor, base ou aparador, espanhol; porteur, francês], cuja função é servir de base para seu companheiro (levar, lançar, agarrar, etc.). O aparador é geralmente o mais forte e pesado da dupla. O outro artista, denominado volante (ou agile conforme Orfei, 1996: 97) [flyer, inglês; ágil, espanhol; voltiger, francês] (Silva, 1996: 161) é o acrobata mais leve e ágil, que tem como função realizar as acrobacias dirigidas pelo portô. 

    4. Trapézio Duplo e Triplo (múltiplo) [doble trapeze, multiple trapeze, inglês; trapecio doble, espanhol]
    O trapézio múltiplo é construído para suportar duas (duplo) ou mais pessoas (triplo, quádruplo,...), paralelamente. É por este motivo que a barra metálica é maior que a do trapézio simples e suspensa por três, quatro ou mais cordas, segundo o número de artistas. Nele os artistas podem realizar movimentos individuais, sincronizados ou em conjunto, o que amplia consideravelmente o repertório motor.
    Neste caso, as cordas internas serão suspensas totalmente na posição vertical, e as laterais poderão (caso os artistas prefiram) estar ligeiramente abertas nas extremidades superiores para aumentar a estabilidade do aparelho. A resistência das cordas deverá ser ajustada ao número de artistas e o peso que deverão suportar. 

    5. Trapézio de Vôo [flying trapeze, inglês; trapecio al vuelo, espanhol]
    O trapézio de vôo ou "ao vôo" (ou ainda no Brasil, de vôos), é a modalidade mais tradicional do Circo de Lona e possivelmente a mais difícil e perigosa na execução. É composto por uma estrutura metálica, normalmente quadrada, suspensa, em que estão pendurados: uma banquilha (banquina, segundo Orfei, 1996: 97, ou banquinho em português), de onde partem e chegam os artistas que voam e balançam, além de um trapézio simples e um trapézio para o aparador/porto. Obviamente, existem estruturas mais complexas que permitem o balanço de diversos trapézios simultaneamente (imagem 1) (NETZKER & TURRA, 1982: 243, 244)8. Toda a estrutura pode ser atrelada à cúpula do circo (ou à estrutura do teto do espaço) ou estar suspensa por mastros, mais finos e independentes dos mastros do circo. O trapézio simples é sustentado pelos cabos de aço, e é mais largo (80 cm, em geral). O trapézio do portor também é fixado por cabos de aço, com a parte baixa revestida de carpete, espuma e/ou tecido (pode ser também uma cadeirinha, ou um quadrante em balanço, com canos, ao invés de cabos). 
    Nesta modalidade, o(s) volante(s) parte(m) da banquilha segurando o trapézio simples, realizam seguidos balanços para a toma de velocidade e altura e executam saltos livres ("vôos") até a mãos e braços do aparador que também está em balanço no seu próprio trapézio do outro lado da estrutura. Geralmente, o aparador utiliza a denominada curva americana9 (em oposição ao uso da cadeirinha) para ficar de cabeça para baixo (inversão). A seguir, realizam o trajeto inverso até regressar à banquilha de origem. Esta modalidade é realizada prioritariamente (hoje, obrigatoriamente) com o uso de uma rede de proteção estendida abaixo do espaço onde se dará o vôo (imagem 13).
    Há também uma versão reduzida desta modalidade de trapézio, realizada em menor altura e com as banquilhas mais próximas, que costuma utilizar o auxílio de cintos/lonjas de proteção (geralmente para o treinamento), que se denomina "Petvolan", segundo os artistas tradicionais (provavelmente uma adaptação do termo petit volant em francês, ou pequeno voante em português). Este tipo de trapézio ao vôo é freqüentemente utilizado por circos pequenos que não comportam grandes estruturas ou por companhias que se apresentam fora das lonas. É realizado com colchões de impacto dispostos no solo para proteção, como se fosse para as saídas das argolas, ou o salto sobre o cavalo. 

    6. Trapézio Washington ou Wasinton [washington trazepe, heavy trapeze, ingles]
    Trata-se de um trapézio, normalmente utilizado em balanço, que possui uma base mais larga (ou com um suporte especial - imagem 15) e mais pesada sobre a qual o artista pode realizar acrobacias de equilíbrio, como parada de cabeça (imagem 16) ou mãos (imagem 17), dentre outras. Alguns artistas substituem as barras metálicas por pranchas de madeira para a base de suas evoluções (imagem 16). Para maior estabilidade do trapézio durante o balanço, costuma-se usar contrapesos pendurados nas pontas do trapézio (NETZKER & TURRA, 1982: 73). Nesta modalidade, os artistas utilizam o menos possível as cordas de sustentação e podem trabalhar no plano frontal ou lateral do aparelho. Esta modalidade também inclui evoluções em balanço e em giro (após a torção das cordas, em geral para o final do número). 

    7. Trapézio Castin (ou somente Casting)
    Trata-se de um trapézio formado por uma estrutura metálica suspensa ou elevada por um pórtico, na qual o portor pode apoiar os pés e assegurar-se pelo abdômen (com um cinturão), permitindo ao mesmo que flexione o tronco e balance o volante para a realização de diferentes truques. Em alguns casos, este tipo de trapézio pode se acoplado ou misturado ao trapézio de vôo, como uma base intermediária.